Boas Práticas de Disparos
Boas práticas de envio
Antes de disparar: base, consentimento e expectativas
1. Exija opt-in claro e verificável
O WhatsApp exige consentimento prévio para você iniciar conversas proativamente. O opt-in deve ser explícito, deixar claro que o canal é o WhatsApp e o tipo de conteúdo (ex.: avisos de pedido, ofertas ocasionais), e o usuário pode revogar quando quiser.
2. Trate a LGPD como pilar operacional
Registre base legal (consentimento/interesse legítimo quando cabível), finalidade específica, retenção mínima e direito de revogação. A ANPD tem intensificado a fiscalização, com multas relevantes e sanções não monetárias.
3. Higienize a base antes de enviar
Remova contatos duplicados, números inválidos, opt-outs e contatos inativos por longos períodos.
Prefira listas de origem própria ; evite listas compradas/alugadas, pioram qualidade e aumentam bloqueios.
4. Defina metas realistas por campanha
Exemplos: “reativar carrinhos em até 24h”, “aumentar adoção de recurso X”, “lembrar vencimento”. Objetivo claro orienta segmentação, template e métrica de sucesso.
Limites, capacidade e aquecer o envio
1. Entenda limites da plataforma
O WhatsApp opera com limites de mensagens iniciadas pela empresa por número: você progride de 1k → 10k → 100k conversas/dia conforme mantém qualidade alta e volume consistente. Saiba como aqui!
Throughput (taxa por segundo): provedores reportam ~80 MPS por remetente como padrão, com possibilidade de aumento mediante análise; planeje a cadência do disparo e o paralelismo.
2. Faça warm-up inteligente
Comece por segmentos de maior afinidade (clientes recentes/engajados, opt-ins novos), depois expanda para públicos frios.
Aumente volume gradualmente, monitorando qualidade (reclamações, bloqueios, respostas). Quedas de qualidade reduzem seu tier e a entregabilidade.
3. Controle rajadas e picos
Distribua o disparo em janelas (ex.: 10–20min entre lotes) para absorver flutuações de MPS e evitar gargalos de provedores/CRM.
Se usar múltiplos números, balanceie carga por remetente, respeitando as políticas de marca/consentimento.
Conteúdo e template certos para disparo certo
1. Combine categoria + intenção
Utilidade para atualizações e lembretes (sem promoção); Marketing para ofertas e reengajamento; Autenticação para OTP. Seleção incorreta gera recategorização, rejeição e piora de qualidade.
2. Evite “gatilhos” que derrubam performance
Tom agressivo, chantagem de cobrança, clickbait (“última chance!”, “clique agora”), pedidos de dados sensíveis no corpo da mensagem, menções inadequadas a crianças/temas regulados. (Mantenha tom neutro e útil; direcione para áreas seguras do seu app/site quando necessário.)
3. Personalize com responsabilidade
Use variáveis para contexto (nome, pedido, prazo), não para “montar” a mensagem inteira. Prefira CTA em botões (URL/telefone) a links soltos, melhor experiência e rastreamento.
Saiba como ter essa boas práticas no momento da criação do template clicando aqui!
Opt-out claro e fácil (inclusive em marketing)
Como fazer bem:
Colocar a mensagem no rodapé do template: “Não quer receber? Responda SAIR.”
Respeite imediatamente, atualize a lista de supressão e propague para todos os sistemas.
Em fluxos recorrentes, lembre o opt-out periodicamente (ex.: a cada 3–5 envios).
“STOP/UNSUBSCRIBE/SAIR” não é uma palavra-chave universal no WhatsApp como no SMS, mas oferecer forma simples de sair é exigência de política/privacidade e impacta qualidade.
Segmentação, frequência e janelas de envio
Segmentação: priorize relevância (recência de compra, ciclo de vida, interesse declarado). Evite “lista única para tudo”.
Frequência: defina frequency caps (ex: máx. 2–4 mensagens de marketing/mês por contato, ajustando por engajamento).
Janelas horárias: evite horários inconvenientes (madrugada/feriados), respeite fusos.
Reengajamento responsável: se o contato não interage em “N” campanhas, reduza frequência ou pause por um período.
Medir, aprender e escalar
1. Métricas essenciais
Envios/Entregas/Lidos, Respostas, Cliques em CTA, Conversões (ex.: compra, login), Opt-outs e Bloqueios.
Acompanhe Quality Rating do número: quedas sustentadas podem reduzir seus limites. Ajuste conteúdo, segmentação e frequência.
2. Teste A/B de forma prática
Varie assunto/contexto (primeira linha do corpo), ordem das informações, CTA (ver detalhes vs. falar com atendente).
Meça por segmento (novos vs. recorrentes), não só no agregado.
Erros frequentes em disparos massivos (e como evitar)
Volume muito rápido para um número “frio”: faça warm-up por afinidade e loteie o envio.
Pouco contexto e tom promocional em mensagens de “utilidade”: pode virar Marketing e cair em qualidade.
Sem opt-out visível: aumenta bloqueios; piora quality rating e risco de sanção (política/privacidade).
Não acompanhar os disparos do seu fluxo: você “voa cego” e não corrige rota diante de erros de formato ou status de erro.
Documente e Treine sua Equipe
Procedimentos internos: Crie padrões de envio para cada tipo de mensagem (suporte, marketing, lembretes).
Capacitação: Garanta que todos compreendam as diretrizes do WhatsApp e as consequências de violações.
Seguindo essas boas práticas, você garante que seus disparos de templates no WhatsApp sejam eficazes, seguros e sustentáveis. Mais do que cumprir regras, trata-se de oferecer uma experiência relevante para o cliente, o que reduz bloqueios, aumenta engajamento e fortalece a confiança na sua marca.
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